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Semiótica, marca e a relação com marketing jurídico

por

Amanda Duarte

01/07/24

Artigos

"Em um mercado saturado, é importante ser capaz de se destacar e ser identificado como único e, a semiótica, estudo dos signos e como eles representam significados, pode ser a chave para o sucesso."

- Amanda Duarte

Em um mercado saturado, é importante ser capaz de se destacar e ser identificado como único e, a semiótica, estudo dos signos e como eles representam significados, pode ser a chave para o sucesso. Analisando como os signos transmitem ideias e conceitos em diferentes contextos culturais e sociais, a semiótica permite que uma marca ganhe relevância e identificação de forma orgânica. Mas, para que isso seja feito de forma eficaz, é necessário entender cada elemento e seu papel dentro dessa área de conhecimento.

O que é signo?

Signo é qualquer coisa que representa algo para alguém, como uma palavra, imagem, som ou gesto. Ele possui dois componentes: o significante (a forma física) e o significado (o conceito).

O que é símbolo?

Símbolo é um tipo de signo com uma relação arbitrária ou convencional com seu objeto. Depende de acordos culturais para ser entendido, como a balança simbolizando justiça.

O que é objeto?

Objeto é aquilo a que o signo se refere. Pode ser uma entidade física ou um conceito abstrato. No contexto da marca, o objeto é o valor ou conceito que a empresa deseja transmitir, como por exemplo, confiança ou qualidade.

A semiótica e o marketing jurídico

Uma das formas de fortalecer a marca e desenvolver estratégias de marketing é através da semiótica. As pessoas tendem a “acreditar” em suas próprias percepções e interpretações mais do que a lógica pura ou a evidência direta de um fato ou de um evento. Portanto, os escritórios de advocacia devem ser capazes de entender e praticar a semiótica, os possibilitando formular suas estratégias de marketing para que as emoções e os princípios das pessoas respondam positivamente para a marca.

A partir das teorias de Charles S. Peirce, a semiótica trata das ligações entre o signo, o objeto e o interpretante. No caso da marca, o signo pode ser representado pelo próprio símbolo: logotipo, slogan, ou qualquer outro elemento visual ou verbal. O objeto é um símbolo: um conceito ou valor que a empresa deseja transmitir.

No marketing jurídico, também é importante que o escritório tenha uma identidade forte, exalando valores positivos. Nesse caso, a semiótica ajuda na análise e correção de elementos da marca para cumprir esses valores. Isso significa que as palavras e as figuras utilizadas pela marca devem causar a impressão desejada. Além disso, o uso de uma combinação especial de cores, tipografia e símbolos ajudam a criar as percepções e interpretações do público. Por exemplo, um logotipo que dá a impressão de seriedade e credibilidade ou um slogan que pressupõe especialização.

Os signos visuais e verbais da marca devem reforçar a mesma ideia ou valor para que ela possa ser comunicada com clareza para o público. Isso ajuda a consolidar uma identidade e memória de marca bem estabelecidas. No campo jurídico, onde a confiança é essencial, a consistência visual e verbal com um logotipo ajudará a garantir que, onde quer que o público o veja, eles reconheçam a marca e desenvolvam uma afinidade com ela.

Portanto, o uso da semiótica no campo do marketing jurídico não beneficia apenas a marca, mas garante que o público se comunique com a marca conforme planejado na estratégia de marketing. Investir no lugar certo significa descobrir informações sobre a percepção do cliente em relação a um elemento específico da marca. Isso pode ajudar a ajustar a estratégia e a mensagem da marca.

Em conclusão, a semiótica fornece uma estrutura para construir e sustentar uma forte marca jurídica. Compreender e aplicar seus princípios pode permitir aos escritórios de advocacia desenvolverem uma identidade de marca coesa e impactante, que ecoe junto aos consumidores.