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O estrondo da relevância das atividades de rankings, conteúdo e assessoria de imprensa, sob a ótica das ferramentas de inteligência artificial

por

Flávio Leal

09/10/25

Artigos

*Artigo elaborado sem auxílio de IA.

Em um “mundo não tão distante”, a forma mais usual de buscar informações sobre advogados e escritórios era por meio de sites de pesquisas, como Google e Yahoo. Em um “mundo mais recente”, as redes sociais, como Linkedin, Instagram e Facebook, juntaram-se a estes sites e, mais do que isso, assumiram a liderança nesta tarefa, especialmente entre as gerações Y e Z.

Hoje em dia, as ações do “mundo não tão distante” estão se tornando obsoletas, cenário no qual as pessoas cada vez menos dão “um Google” quando estão buscando uma firma ou um profissional especializado em determinado assunto jurídico, mas, sim, buscam informações em ferramentas de inteligência artificial, como o ChatGPT, Gemini, etc., com as redes sociais atuando basicamente como uma “segunda opinião”.

A dura verdade é que, ao buscar nas IAs, o usuário consegue informações mais relevantes e de forma mais ágil, baseadas, principalmente, em autoridade.

Especialistas em tecnologia destacam que o ChatGPT e as demais IAs aprendem por associação, ou seja, baseadas em regras para encontrar relações interessantes entre variáveis inseridas em grandes bancos de dados. Explicando de maneira mais simples a frase anterior, é possível afirmar que as empresas, para ter visibilidade nestes chatbots, precisam ter um ecossistema de informações com conteúdos variados e interligados – no maior número possível de canais.

Avançando nesta constatação, fica óbvia a conclusão de que atividades tradicionais e realizadas desde a época do “mundo não tão distante”, como (i) assessoria de imprensa, (ii) criação de autoridade por meio de conteúdo estratégico, e o (iii) preenchimento de submissões para diferentes rankings jurídicos – agregam muito valor para escritórios que desejam aparecer nas recomendações dadas por inteligências artificiais.

A assessoria de imprensa, que tem dentre uma das suas funções buscar inserção em veículos de mídia, como Valor Econômico, o Globo, Folha, CNN, Infomoney, entre outros, permite que o escritório crie um cluster de conteúdo, com diversas fontes diferentes validando a posição de autoridade da banca no assunto.

Já o conteúdo opinativo, explorado via imprensa, também pode ser potencializado através de sites, blogs e redes sociais. Esse material contribui para a relevância do advogado e da firma, além de funcionar como fonte para as IAs, que notoriamente têm por característica não se impressionar com textos vagos e sem construção factual.

Por fim, rankings jurídicos, importantes por classificar os escritórios por especialidades utilizando como parâmetro casos concretos, opiniões de clientes e validações do mercado como um todo, também serão certamente aproveitados no momento em que um usuário buscar por serviços e especialistas da área jurídica.

Embora estes chatbots, na minha opinião, ainda tenham muito a se desenvolver e melhorar como fonte confiável de informação, o fato é que as pessoas vêm utilizando estas ferramentas com extrema assiduidade, dos temas mais simples aos mais complexos, e estar bem-posicionado dentro delas é vital para o crescimento e perpetuação de todo e qualquer escritório de advocacia, seja ele pequeno, médio ou grande, do Brasil ou do exterior — e afirmo com tranquilidade que as atividades de comunicação citadas acima terão papel crucial neste movimento.